Internacional
EUA enviam superporta-aviões para pressionar o Irã e reforçar apoio a Israel
USS Gerald Ford, o navio de guerra mais poderoso do mundo, se junta a outros dois grupos de porta-aviões em movimento estratégico liderado por Trump no Oriente Médio
19/06/2025
10:15
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Os Estados Unidos elevaram significativamente a tensão no Oriente Médio ao anunciar o envio do USS Gerald Ford, considerado o porta-aviões mais poderoso do mundo, para reforçar sua presença militar na região. A movimentação, determinada pelo presidente Donald Trump, tem como objetivo aumentar a pressão sobre o Irã, em meio à possibilidade de uma intervenção direta ou de apoio total a Israel, que mantém seus ataques à teocracia persa.
O Ford, movido a propulsão nuclear, deve se posicionar no Mediterrâneo Oriental em aproximadamente 20 dias, onde se juntará aos grupos liderados pelos porta-aviões USS Carl Vinson, que já opera próximo ao Golfo Pérsico, e ao USS Nimitz, previsto para chegar nos próximos dias vindo do Mar do Sul da China.
O Gerald Ford é o primeiro de uma nova classe de superporta-aviões. Com 333 metros de comprimento, desloca mais de 100 mil toneladas, sendo capaz de operar até 90 aeronaves, embora normalmente carregue 55 caças F/A-18 Super Hornet. A embarcação é equipada com catapultas eletromagnéticas, que permitem lançar até 220 aeronaves por dia, superando em 25% a capacidade dos modelos anteriores da classe Nimitz.
A força de cada grupo de porta-aviões inclui de três a seis destróieres, um cruzador, navios de apoio e um submarino nuclear de ataque, formando uma das maiores potências navais do mundo — superior, inclusive, a boa parte das forças aéreas e marinhas de nações inteiras.
Além dos porta-aviões, o governo dos EUA reforçou sua presença estratégica com o envio de 30 aviões-tanque para bases na Europa, capazes de apoiar tanto uma eventual ofensiva americana quanto operações de Israel, cuja frota de reabastecimento aéreo é mais limitada — apenas 10 aeronaves, sendo 6 de longa distância.
As principais bases americanas na região foram reforçadas, especialmente a de Al-Udeid, no Catar, de frente para o Irã. Outras estruturas logísticas em países como Bahrein, Emirados Árabes e Arábia Saudita também estão operando em nível elevado de prontidão. Na ilha de Diego Garcia, no Oceano Índico, bombardeiros e aviões de apoio operam em ritmo de guerra, mantendo a capacidade de realizar ataques de longo alcance.
Se os três grupos de porta-aviões forem utilizados em uma ofensiva coordenada, poderiam disparar até 1.200 mísseis de cruzeiro Tomahawk, além de bombas lançadas por aviões. Esse tipo de ataque em larga escala remete ao início da Guerra do Iraque, em 2003, quando Bagdá foi atingida por 40 explosões de Tomahawks em uma única noite.
O arsenal americano inclui também a temida GBU-57, conhecida como “destruidora de bunkers”, uma bomba de 13,6 toneladas projetada para destruir instalações nucleares subterrâneas. Esse armamento pode ser lançado apenas pelos bombardeiros furtivos B-2, que operaram recentemente em Diego Garcia e podem, com o apoio de aviões-tanque, atingir o Irã e retornar sem escalas.
Embora uma mobilização desse porte não signifique necessariamente o início imediato de uma guerra, especialistas apontam que a movimentação serve como uma sinalização direta ao Irã e aos aliados na região, mostrando que os Estados Unidos estão preparados para qualquer cenário, seja para atuar ao lado de Israel, seja para conduzir uma ofensiva própria.
A estratégia também busca conter os avanços do Irã, que, além de seu programa nuclear, mantém influência sobre grupos como os Houthis, no Iêmen, que seguem lançando mísseis e drones contra Israel, mesmo em meio a trégua parcial com países ocidentais.
Envio do porta-aviões USS Gerald Ford, o mais poderoso do mundo.
Reforço com os porta-aviões USS Carl Vinson e USS Nimitz.
Deslocamento de 30 aviões-tanque para bases na Europa.
Reforço em 19 bases americanas na região, especialmente no Catar.
Intensificação de operações na base de Diego Garcia, no Oceano Índico.
Capacidade de lançamento de até 1.200 mísseis Tomahawk e uso de bombas destruidoras de bunkers, como a GBU-57.
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