Política Internacional
Jeffrey Epstein: quem foi, os crimes cometidos e por que voltou ao centro da polêmica entre Trump e Elon Musk
Acusado de liderar rede internacional de exploração sexual, empresário foi citado por Musk em troca de acusações com o presidente dos EUA
05/06/2025
23:15
DA REDAÇÃO
Jeffrey Epstein — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
O nome de Jeffrey Epstein, empresário norte-americano acusado de liderar uma rede de abuso sexual de menores, voltou ao centro do noticiário nesta quinta-feira (5) após ser citado por Elon Musk durante uma troca pública de acusações com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em meio à briga nas redes sociais, Musk afirmou que Trump estaria entre os nomes citados nos documentos da investigação sobre o caso Epstein e que essa seria a razão pela qual os arquivos completos não foram tornados públicos.
“Donald Trump está nos arquivos de Epstein. Essa é a verdadeira razão pela qual eles não foram tornados públicos. Tenha um bom dia, DJT!”, publicou Musk, no X.
A declaração gerou repercussão imediata e reacendeu a curiosidade sobre um dos escândalos mais graves da história recente dos EUA.
Jeffrey Epstein era um financista bilionário que circulava entre figuras da elite mundial, como Bill Clinton, o príncipe Andrew e Donald Trump. Foi condenado por exploração sexual de menores e acusado de ter abusado de mais de 250 meninas entre os anos 2000 e 2005.
Preso novamente em julho de 2019, Epstein foi encontrado morto em sua cela um mês depois. A autópsia confirmou suicídio. Ele havia deixado um testamento estimando sua fortuna em mais de US$ 577 milhões.
Segundo os autos, Epstein pagava em dinheiro para que meninas menores de idade fossem até seus imóveis — em Nova York, Flórida, Novo México e em sua ilha particular no Caribe — para atos sexuais. Muitas delas eram coagidas a recrutar outras vítimas, ampliando a rede de exploração.
O esquema operava como uma pirâmide de aliciamento, com o envolvimento de funcionários e cúmplices em diferentes localidades.
2005: Primeiras denúncias chegam à polícia de Palm Beach, na Flórida.
2008: Epstein fecha acordo judicial e cumpre apenas 13 meses de prisão, com direito a saídas diárias.
2019: Justiça considera o acordo ilegal. Epstein é preso novamente em julho.
Agosto de 2019: Epstein é encontrado morto na cela, antes de ser julgado.
Mesmo após sua morte, promotores continuaram as investigações e vítimas passaram a processar pessoas envolvidas com o esquema.
Mais de 150 nomes surgiram nos processos relacionados ao caso, entre eles:
Bill Clinton, ex-presidente dos EUA
Príncipe Andrew, da família real britânica
Ghislaine Maxwell, ex-companheira de Epstein, condenada por recrutar menores
Donald Trump, citado em registros de voos e anotações pessoais
Importante: Até hoje, Trump nunca foi formalmente acusado de envolvimento nos crimes. A relação entre ele e Epstein é conhecida — ambos foram amigos nos anos 1990 e 2000.
Em fevereiro de 2025, o governo Trump divulgou documentos prometidos durante a campanha. No entanto, os papéis não apresentaram novas revelações e causaram frustração entre apoiadores.
Entre os materiais estão:
Registros de voos
Lista de evidências apreendidas
Anotações com o nome de Trump ao lado de Marla Maples (ex-esposa) e da filha Tiffany, em dois voos de 1994
Materiais confiscados, como fotos, mídias, computadores e câmeras
A discussão envolvendo Epstein voltou ao debate por causa do conflito político entre Donald Trump e Elon Musk, que se intensificou após críticas ao novo orçamento do governo e ameaças de cancelamento de contratos com empresas de Musk, como a Tesla e a SpaceX.
A citação ao caso Epstein foi usada por Musk como uma “bomba” política, insinuando que o presidente tenta esconder seu envolvimento no escândalo por interesses pessoais.
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