Coluna do Simpi
O que o aumento do IOF “mexe” em meus negócios?
Empresários lidam com crédito mais caro, aumento de impostos e incertezas fiscais; programa Acredita Exportação surge como alívio para micro e pequenas empresas
18/06/2025
10:15
SIMPI
O que o aumento do IOF “mexe” em meus negócios?
O governo federal tem buscado ampliar a arrecadação por meio de ajustes na legislação tributária, utilizando decretos, medidas provisórias e propostas de emenda constitucional. Nesse processo, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) tem sido alvo de mudanças relevantes, com efeitos diretos sobre o custo do crédito, especialmente para micro e pequenas empresas.
Segundo Marcos Tavares, as alterações recentes trouxeram um aumento da carga tributária em comparação ao que vigorava antes de maio, apesar de algumas reduções pontuais em relação aos ajustes realizados naquele mês.
A alíquota aplicada na contratação de crédito retornou ao percentual original, mas as taxas diárias do IOF permaneceram em patamar elevado, elevando o custo final das operações.
Uma das mudanças mais significativas recai sobre as empresas optantes pelo Simples Nacional. Antes, essas organizações contavam com um tratamento diferenciado nas taxas diárias do IOF. Com o novo decreto, essa diferenciação deixou de existir, igualando a tributação para empresas de todos os portes.
O resultado é o encarecimento do crédito para pequenos negócios, que historicamente são os maiores demandantes de operações de antecipação de recebíveis — agora formalmente enquadradas como operações de crédito e, portanto, sujeitas ao imposto.
Além disso, outros instrumentos financeiros passaram a ser tributados. Letras e títulos ligados a atividades agrícolas e imobiliárias, por exemplo, agora sofrem incidência de IOF, o que pode reduzir o retorno aos investidores e afetar o custo do financiamento nesses setores. Até mesmo aplicações em previdência privada serão impactadas por elevação da carga tributária.
Embora algumas medidas ainda dependam de análise, votação e eventuais alterações no Congresso Nacional, o cenário atual já aponta para um aumento efetivo de tributação em diversas frentes. Tavares observa que a função original do IOF, como instrumento regulatório de mercado, vem sendo direcionada principalmente para fins arrecadatórios.
▶️ Assista: https://youtu.be/ODZZ8f1n_FY
A projeção da taxa Selic deve se manter alta, em 14,75% ao ano. Mas, na prática, o que esse número significa para o seu dia a dia como dono de um pequeno negócio?
A resposta curta é: o dinheiro fica mais caro e o cenário exige mais atenção.
Uma Selic elevada impacta diretamente o coração da sua empresa. Veja como:
💸 Crédito e empréstimos: Pegar um empréstimo para investir em equipamentos, reformar o ponto ou até mesmo para capital de giro se torna mais caro, com juros mais altos.
🛒 Poder de compra do cliente: Seus clientes também sentem o impacto. Com o crédito mais restrito para eles, o consumo tende a diminuir, o que pode afetar suas vendas.
📉 Planejamento: Fica mais difícil prever custos e planejar investimentos de longo prazo, já que o cenário econômico se torna mais restritivo.
Este é o momento de ter uma gestão financeira impecável, renegociar contratos e buscar eficiência máxima. É hora de planejar com cuidado cada passo e fortalecer sua base. E lembre-se: em cenários desafiadores, ter o apoio certo faz toda a diferença. O SIMPI está ao seu lado para oferecer orientação e buscar soluções que ajudem a fortalecer o seu negócio, mesmo com os juros nas alturas.
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (17) o projeto de lei complementar do Poder Executivo que cria um programa de incentivo às exportações realizadas por micro e pequenas empresas (MPEs), por meio da devolução de parte dos tributos pagos.
O Programa Acredita Exportação é uma iniciativa do governo brasileiro que visa impulsionar as MPEs no mercado externo, oferecendo mecanismos para que elas recuperem parte dos tributos pagos na cadeia produtiva de produtos exportados.
O programa prevê a devolução de 3% das receitas de vendas ao exterior, valor correspondente aos tributos incidentes sobre a produção.
De funcionamento simples, o programa permite que essas empresas reduzam seus custos e se tornem mais competitivas em relação a empresas de outros países. O programa estimula a exportação, fortalece a economia e traz simplificação tributária.
▶️ Assista: https://youtu.be/hQ0XeiYOH4U
Entre o início do período de entrega e o final de maio de 2025, aproximadamente 43,3 milhões de pessoas físicas enviaram suas declarações do Imposto de Renda, um aumento de cerca de 900 mil registros em relação ao ano anterior.
Dentro desse universo, os contribuintes se dividem em três situações principais:
🟢 57% têm saldo a restituir, aguardando pagamento entre maio e setembro.
🔴 23% apuraram imposto a pagar, com possibilidade de parcelamento em até 8 cotas, de maio a dezembro.
⚪ 21% encerraram sem saldo a pagar ou restituir.
Para quem não entregou no prazo, a multa por atraso começa em R$ 165,74, podendo ser acrescida de juros e penalidades proporcionais ao tempo de inadimplência e ao valor devido, sempre corrigidos pela taxa Selic.
A orientação é acompanhar o processamento da declaração no site da Receita Federal, monitorar possíveis pendências e verificar regularmente a certidão de situação fiscal, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.
▶️ Assista: https://youtu.be/7LfCa2r4t8A
A economia brasileira tem surpreendido com resultados acima do esperado nos últimos anos, mesmo diante de um ambiente global instável e desafios internos complexos.
O país caminha em meio a uma combinação de oportunidades e limitações, com efeitos cumulativos de reformas iniciadas há quase uma década e um cenário externo que ora protege, ora ameaça.
A economista Zeina Latif, sócia da Gibraltar Consulta, destaca que o desempenho da economia desde 2021 tem sido marcado por surpresas positivas, com crescimento de 3,4% em 2024, muito acima dos 1,5% inicialmente previstos.
Segundo ela, esse ritmo sinaliza um fortalecimento gradual da economia, que ainda carrega cicatrizes da recessão severa entre 2014 e 2016. Zeina compara o período recessivo ao de um paciente em UTI: ao sair, o organismo econômico precisou de anos para recuperar força e retomar sua capacidade plena de crescimento.
Apesar do crescimento, Zeina alerta para:
⚠️ Desafio fiscal: crescimento da dívida pública e limitações na expansão de impostos.
🔍 Excesso de mudanças tributárias: gera insegurança e incerteza.
💰 Juros altos: devem permanecer estáveis, pois o Banco Central não tem espaço para cortes significativos no curto prazo.
📉 Meta de inflação: a redução de 4,5% para 3% foi, segundo ela, apressada, mas agora é necessário manter o compromisso.
Por outro lado, ela vê sinais positivos no amadurecimento da sociedade, na força do setor produtivo e na maior competitividade política, fatores que podem criar condições para avanços econômicos sustentáveis e socialmente mais justos.
▶️ Assista: https://youtu.be/tXOoizMjvM4
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