Economia / Relações Internacionais
Governo Lula anuncia R$ 27 bilhões em investimentos da China no Brasil durante visita a Pequim
Recursos serão aplicados nos setores de semicondutores, energia, automóveis, logística, alimentos e serviços digitais; países devem assinar novos acordos bilaterais
12/05/2025
07:45
DA REDAÇÃO
Lula fala a empresários após fórum em Pequim, na China — Foto: EBC/Reprodução
Durante visita oficial a Pequim, na China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta segunda-feira (12) que o Brasil receberá cerca de R$ 27 bilhões em investimentos chineses. O anúncio foi feito durante fórum empresarial com representantes dos dois países e divulgado pelo presidente da ApexBrasil, Jorge Viana.
Os aportes envolvem expansão de indústrias, tecnologia, energia, agronegócio e serviços, com a chegada de novas marcas e a consolidação da China como principal parceira comercial do Brasil.
Lula está na China acompanhado de 11 ministros, parlamentares, o presidente do Senado Davi Alcolumbre (União-AP) e uma comitiva de cerca de 200 empresários brasileiros. Nesta terça-feira (13), o presidente brasileiro se reunirá com o líder chinês Xi Jinping.
GWM (automóveis): expansão da produção de veículos elétricos no Brasil
Longsys (semicondutores): instalação de fábricas em São Paulo e Manaus
Mixue (fast food): entrada da maior rede do mundo no mercado brasileiro
Keeta (app de delivery): novo aplicativo de entregas será lançado no Brasil
Outros setores envolvidos: mineração, aviação, farmacêutico e energias renováveis
“A China saltou da 14ª para a 5ª posição no ranking de investimento direto no Brasil na última década. Temos hoje um estoque superior a US$ 54 bilhões em investimentos chineses no país”, destacou Lula em discurso.
Lula reforçou a importância do Brasil como parceiro estratégico em meio à guerra comercial entre China e EUA
Defendeu o uso de recursos de exportações de commodities para investimentos em educação e tecnologia
Citou acordos em andamento entre Dataprev, Telebras e empresas chinesas de tecnologia e satélites
Enfatizou a necessidade de compartilhamento tecnológico e cooperação bilateral:
“Não vamos conseguir ser competitivos no mundo digital se não investirmos em educação. Ninguém vai nos dar isso de graça, precisamos conquistar a confiança de parceiros.”
A ApexBrasil mapeou 400 novas oportunidades de negócios com a China, especialmente no agronegócio. A visita presidencial também busca:
Facilitar exportações brasileiras com redução de burocracias no registro de produtos biotecnológicos
Ampliar o intercâmbio de turistas e voos diretos entre os países
Inaugurar um escritório de associações brasileiras em Pequim para acelerar a exportação de carnes ao mercado chinês
Assinar novos acordos bilaterais com foco em inovação e comércio
Além do fórum com empresários e do encontro com Xi Jinping, Lula deve participar de reuniões com a Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos) ao longo da agenda internacional, que também incluiu uma passagem pela Rússia, onde o presidente brasileiro defendeu um cessar-fogo na guerra da Ucrânia.
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