ESPORTES
Botafogo faz história e conquista a primeira Libertadores, superando adversidade e Atlético-MG
Mesmo com um a menos, Botafogo se impõe e conquista a Libertadores com vitória por 3x1 sobre o Atlético-MG
30/11/2024
19:05
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
Na tarde de sábado, 30 de novembro, o Botafogo fez história em Buenos Aires e conquistou sua primeira Libertadores, superando o Atlético Mineiro por 3x1 no Monumental, um jogo que ficará marcado como um exemplo de superação, organização e força coletiva. Mesmo com a expulsão precoce de Gregore, o Botafogo demonstrou uma estratégia eficaz e a capacidade de se manter firme diante de um adversário caótico e sem soluções claras durante a partida.
O confronto teve início com um cenário adverso para o Botafogo logo nos primeiros minutos. Gregore foi expulso ainda no primeiro tempo, após uma entrada dura em Fausto Vera, deixando o time carioca com um a menos. Contudo, a reação imediata do técnico Artur Jorge, que ajustou a equipe com a entrada de Marlon Freitas na linha defensiva e a formação de uma "linha de cinco", foi fundamental para neutralizar o poder ofensivo do Atlético Mineiro.
O jogo e a estratégia do Botafogo
Apesar da inferioridade numérica, o Botafogo se manteve firme na defesa, com uma marcação consistente que impediu o Atlético de criar jogadas efetivas. A equipe mineira, apesar de ter a posse de bola, se mostrava lenta e sem inspiração. Os passes eram lateralizados, e os jogadores como Hulk, Paulinho e Deyverson se viam isolados na tentativa de ultrapassar a defesa bem armada do Glorioso.
O Botafogo, por sua vez, soube se organizar. Almada e Igor Jesus cuidavam da contenção no meio-campo, enquanto Luiz Henrique se destacava no setor defensivo e ofensivo, com uma marcação forte sobre Guilherme Arana e movimentações incisivas. A transição ofensiva do Botafogo foi igualmente eficaz, com rápidos contra-ataques e boas triangulações que sempre levavam a equipe a pressionar a defesa adversária.
Primeiro gol e pênalti de Alex Telles
O primeiro gol do Botafogo foi um exemplo claro de aproveitamento das fragilidades do Atlético. Almada iniciou a jogada, passando a bola para Luiz Henrique, que fez um chute certeiro para vencer o goleiro Everson. A confiança do Botafogo aumentou ainda mais quando, aos 43 minutos do primeiro tempo, Arana cometeu um erro grave, permitindo que Luiz Henrique antecipasse uma bola e fosse derrubado pelo goleiro mineiro. Alex Telles converteu o pênalti, colocando o Botafogo em vantagem por 2x0.
O Atlético Mineiro reage, mas não é suficiente
No intervalo, o técnico do Atlético, Gabriel Milito, fez alterações, promovendo a entrada de Mariano, Bernard e Vargas, na tentativa de aumentar a pressão e corrigir os problemas táticos. A resposta foi imediata. Vargas marcou um gol de cabeça logo no início do segundo tempo, e o Atlético, agora com mais dinamismo, aumentou a pressão sobre o Botafogo.
Hulk passou a atuar com mais liberdade pela ponta-direita, e o time mineiro criou várias oportunidades, incluindo um lance em que Vargas teve uma chance clara de empatar, mas não aproveitou. A defesa do Botafogo, com Adryelson e Barboza, se manteve firme e evitou que o Galo aproveitasse as falhas que surgiram durante o segundo tempo.
O técnico Artur Jorge reagiu à pressão colocando Danilo Barbosa e Marçal em campo, com o objetivo de fortalecer a defesa e controlar os avanços de Hulk. A estratégia se mostrou eficiente, e o Botafogo seguiu se defendendo com coragem, mesmo diante de um Atlético cada vez mais ofensivo e organizado.
O gol da consagração
Nos minutos finais, a vitória do Botafogo foi selada de maneira épica. Vargas teve duas grandes chances de empatar o jogo, mas perdeu as oportunidades. A história, então, teve seu desfecho nos pés de Junior Santos, artilheiro da competição. O atacante, que já havia sido um dos maiores destaques da equipe, "arrastou" a zaga mineira para garantir o gol da vitória e selar o título inédito da Libertadores para o Botafogo, fechando o placar em 3x1.
A vitória coletiva e o futuro
A vitória do Botafogo foi construída de forma coletiva, com destaques individuais como Artur Jorge, que teve frieza para adaptar a equipe após a expulsão de Gregore, e Luiz Henrique, que se mostrou decisivo tanto na defesa quanto no ataque. Outros nomes como Almada, Igor Jesus e o incansável Junior Santos também desempenharam papéis fundamentais. A tática de Artur Jorge, que não apenas se preocupou em se defender, mas também manteve o time ativo no ataque, foi crucial para o sucesso da equipe.
Com a conquista da Libertadores, o Botafogo entra para a história do futebol brasileiro, e agora terá a oportunidade de ampliar sua conquista com o Campeonato Brasileiro, onde, com a mesma determinação e organização, pode alcançar mais glórias.
Escalações finais:
Botafogo: Everson, Adryelson, Barboza, Marlon Freitas, Alex Telles, Luiz Henrique, Almada, Igor Jesus, Savarino, Junior Santos, Matheus Martins.
Atlético Mineiro: Everson, Arana, Lyanco, Junior Alonso, Fausto Vera, Paulinho, Hulk, Deyverson, Vargas, Bernard, Mariano.
O Botafogo fez história ao superar as adversidades e vencer o Atlético Mineiro na final da Libertadores, confirmando o favoritismo e mostrando que, mesmo nos momentos mais difíceis, é "Tempo de Botafogo".
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
PF indicia Jair e Eduardo Bolsonaro em ação penal do golpe
Leia Mais
Moraes manda cancelar passaporte de Silas Malafaia e o impede de falar com Jair e Eduardo Bolsonaro
Leia Mais
PF encontra mensagens de Jair Bolsonaro planejando pedido de asilo político na Argentina
Leia Mais
PF faz buscas contra Silas Malafaia no Galeão em investigação sobre tentativa de obstrução de Justiça
Municípios