Saúde / Bem-Estar
Anvisa proíbe substâncias usadas em esmaltação em gel por risco à saúde
Compostos TPO e DMPT estão ligados a risco de câncer e infertilidade; produtos terão 90 dias para sair do mercado
31/10/2025
09:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu o uso de duas substâncias químicas presentes em produtos para unhas e esmaltação em gel, que utilizam luz ultravioleta ou LED para fixação. As substâncias são o TPO (trifenilfosfina óxido) e o DMPT (dimetiltolilamina).
A resolução foi aprovada na quarta-feira (29) e determina um prazo de 90 dias para a retirada definitiva desses compostos do mercado brasileiro.
De acordo com a Anvisa, o TPO e o DMPT apresentam riscos graves à saúde, especialmente para profissionais que lidam com esses produtos diariamente.
O DMPT tem potencial cancerígeno.
O TPO pode afetar a fertilidade e causar problemas reprodutivos.
“A decisão alinha o Brasil aos padrões de segurança da União Europeia, que também proibiu recentemente essas substâncias. Com isso, produtos inseguros não poderão ser vendidos aqui”, informou o órgão regulador.
A partir da publicação da norma, fica proibido fabricar, importar ou registrar novos produtos que contenham essas substâncias.
Empresas e salões de beleza terão até 90 dias para cessar o uso e a venda dos produtos que ainda estejam em estoque.
Após esse prazo:
Os registros dos produtos serão cancelados;
Os fabricantes e distribuidores deverão recolher os itens restantes das lojas e pontos de revenda.
A diretora da Anvisa, Daniela Marreco, explicou que o perigo é maior para manicures e profissionais da beleza expostos continuamente às substâncias, mas alertou que usuárias também podem ser afetadas.
“Mesmo que o contato ocasional seja menos perigoso, é importante agir rápido para proteger a saúde”, afirmou.
“Os problemas aparecem com exposição repetida e prolongada, mas isso não elimina a necessidade de proibir imediatamente essas substâncias.”
A decisão segue padrões de segurança adotados pela União Europeia, que já havia restringido o uso de compostos químicos fotoiniciadores em cosméticos devido à toxicidade cumulativa e à possibilidade de danos genéticos em longo prazo.
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