Política / Justiça
Trama golpista: núcleo de Bolsonaro tem até quarta-feira para apresentar alegações finais no STF
PGR pede condenação de todos os réus e redução de benefícios de Mauro Cid; julgamento deve ocorrer entre fim de agosto e início de setembro
11/08/2025
08:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Os advogados dos réus do núcleo 1 da suposta trama golpista, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), têm até quarta-feira (13/8) para apresentar as alegações finais na ação penal que apura tentativa de golpe de Estado.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o núcleo é formado pelos responsáveis por idealizar o plano golpista. Até o momento, Bolsonaro e outros seis acusados ainda não protocolaram suas manifestações, o que deve ocorrer apenas no último dia do prazo.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a condenação de todos os integrantes e a redução dos benefícios concedidos a Mauro Cid. Já o ex-ajudante de ordens solicitou a manutenção do acordo firmado com a Polícia Federal (PF) durante o inquérito.
Mesmo com as medidas cautelares impostas a Bolsonaro, como prisão domiciliar, o julgamento do núcleo 1 segue previsto para acontecer entre o fim de agosto e o início de setembro.
Organização criminosa armada
Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
Golpe de Estado
Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União
Deterioração de patrimônio tombado
O núcleo 1 é composto por oito acusados, todos interrogados na Primeira Turma do STF:
Alexandre Ramagem – Ex-diretor da Abin, acusado de disseminar fake news sobre fraude eleitoral.
Almir Garnier Santos – Ex-comandante da Marinha, teria colocado tropas à disposição para apoiar o golpe.
Anderson Torres – Ex-ministro da Justiça, acusado de assessorar juridicamente Bolsonaro; minuta do golpe foi encontrada em sua casa.
Augusto Heleno – Ex-ministro do GSI, participou de live com ataques ao sistema eleitoral e tinha anotações sobre planos contra as urnas.
Jair Bolsonaro – Ex-presidente e suposto líder do plano para se manter no poder após derrota nas eleições.
Mauro Cid – Ex-ajudante de ordens e delator do caso; participou de reuniões e trocou mensagens sobre o golpe.
Paulo Sérgio Nogueira – Ex-ministro da Defesa, teria apresentado decreto de estado de defesa para anular o resultado eleitoral.
Walter Souza Braga Netto – Único preso do grupo; acusado de financiar acampamentos e até plano para matar o ministro Alexandre de Moraes.
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