Política Nacional
Oposição ameaça nova ocupação do plenário se Hugo Motta não pautar PEC do fim do foro privilegiado
Bolsonaristas prometem obstruir votações e pressionar por avanço da proposta antes da anistia do 8 de Janeiro
15/08/2025
07:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A tensão na Câmara dos Deputados voltou a crescer após a decisão do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), de adiar a votação da PEC do fim do foro privilegiado. Nos bastidores, parlamentares do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, articulam estratégias para pressionar a pauta, incluindo a possibilidade de uma nova ocupação do plenário — mesmo com o risco de punições aos envolvidos na invasão ocorrida na semana passada.
“Nenhuma medida está descartada”, disse à coluna, sob reserva, uma das principais lideranças bolsonaristas na Câmara.
Segundo integrantes da oposição, o objetivo é garantir que a PEC do fim do foro seja votada antes da proposta de anistia aos réus dos atos de 8 de Janeiro. Caso a pauta não avance nas próximas semanas, a estratégia inclui obstrução total das votações e protestos no plenário.
A votação da PEC estava inicialmente prevista para esta semana. No entanto, durante a reunião de líderes de terça-feira (12), partidos de centro e da esquerda solicitaram mais tempo para analisar a proposta. O líder do PSD, Antonio Brito (BA), foi um dos que pediram acesso ao texto atualizado antes de definir posição.
Lideranças bolsonaristas admitiram que não se opuseram ao adiamento de uma semana, na tentativa de buscar consenso entre as bancadas. Ainda assim, há preocupação com a dificuldade de aprovação, devido à complexidade do tema e à divisão interna nos partidos.
Embora parte do Centrão tenha interesse em retirar do STF investigações sobre emendas parlamentares, há receio de que transferir esses processos para a primeira instância possa gerar consequências ainda mais negativas para deputados e senadores.
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