Caso da atriz que 'morreu em ritual espiritual' tem reviravolta
Atriz mexicana Marcela Alcaraz é vítima de confusão após morte de mulher em ritual espiritual
06/12/2024
16:15
NAOM
DA REDAÇÃO
Semelhança de nomes levou à divulgação de boatos sobre a morte da atriz, que negou a informação e tranquilizou fãs
Uma estranha reviravolta envolvendo dois nomes semelhantes gerou desinformação nas redes sociais e na imprensa mexicana nesta quinta-feira (5). A atriz mexicana Marcela Alcaraz teve seu nome vinculado à morte de uma mulher identificada como Marcela Alcázar Rodríguez, de 33 anos, que faleceu após participar de um ritual espiritual envolvendo veneno de sapo amazônico, usado em práticas de “limpeza” e medicina tradicional na região de Durango, no México.
A morte e o ritual
A falecida, Marcela Alcázar Rodríguez, não era uma figura pública. Ela teria participado de um ritual em que se aplica secreções do sapo amazônico — substância conhecida por efeitos psicoativos e utilizada por alguns grupos indígenas e terapeutas alternativos para fins de purificação espiritual. Tais práticas, muitas vezes associadas ao nome "kambô" ou "veneno de sapo", ganharam notoriedade nos últimos anos, mas também levantam preocupações sobre a segurança do procedimento, possível falta de supervisão médica e os riscos à saúde.
Segundo relatos da imprensa local, Marcela Alcázar faleceu após a aplicação da substância, o que gerou questionamentos sobre a condução do ritual, a experiência dos facilitadores e os cuidados tomados durante o procedimento. O caso repercutiu em Durango e, rapidamente, chegou às redes sociais, gerando uma onda de comentários e cobertura midiática.
A confusão de nomes
Foi nesse contexto que o nome da atriz mexicana Marcela Alcaraz entrou em cena. A semelhança entre “Alcaraz” e “Alcázar” levou internautas, blogueiros e até veículos de comunicação a confundirem a identidade da mulher falecida com a da atriz. Mensagens de luto, notas de pesar e publicações nas redes sugerindo a morte da atriz começaram a circular, criando um cenário de incerteza e preocupação.
Diante das especulações, Marcela Alcaraz decidiu se manifestar publicamente: “Estou viva, estou bem e estou em casa com minha família. Essa notícia falsa foi um grande impacto para mim e para meus entes queridos, principalmente meu filho pequeno”, declarou a atriz em suas redes sociais.
Reação dos fãs e esclarecimentos
Imediatamente, fãs e seguidores da artista mobilizaram-se para desmentir a informação e acalmar outros admiradores que estavam confusos com as notícias. “Que susto! Graças a Deus ela está bem”, comentou uma seguidora. “Li e fiquei assustada. Ainda bem que você está bem”, disse outra. Alguns internautas também pediram mais cuidado por parte dos veículos de comunicação e de quem compartilha notícias: “Os nomes são diferentes, vejam direito as informações”, alertou um terceiro usuário.
A imprensa mexicana passou, então, a corrigir a informação, esclarecendo que a mulher falecida era Marcela Alcázar Rodríguez, e não Marcela Alcaraz. A atriz não detalhou quais veículos ou perfis de redes sociais foram responsáveis pelo equívoco, mas reforçou a importância de checar dados antes de compartilhar conteúdos sensíveis como uma suposta morte.
Contexto e precauções
O caso expõe dois problemas distintos, porém relacionados: por um lado, a necessidade de avaliar com cautela práticas espirituais e terapias alternativas que utilizam substâncias psicoativas, garantindo a segurança dos envolvidos; por outro, a importância da checagem de informações antes da divulgação, para evitar boatos, notícias falsas e alarmes injustificados.
Marcela Alcaraz, agora, tenta retomar sua rotina após o susto, contando com o apoio de fãs e amigos que contribuíram para esclarecer o mal-entendido. Enquanto isso, o caso de Marcela Alcázar segue sendo analisado, trazendo à tona debates sobre a regulamentação e supervisão de rituais que envolvem substâncias de origem animal ou vegetal, muitas vezes realizadas em contextos pouco monitorados.
Em suma, o episódio destaca a urgência de um jornalismo responsável, do cuidado no consumo de informações e da reflexão sobre práticas espirituais não convencionais, sobretudo quando envolvem riscos à saúde e à vida.
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