JUSTIÇA
STF forma maioria para regular fornecimento de medicamentos não listados pelo SUS
Decisão final deve sair na sexta-feira, e proposta visa padronizar distribuição e responsabilidades entre União, Estados e municípios
10/09/2024
14:15
NAOM
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta segunda-feira (9) para estabelecer regras sobre o fornecimento de medicamentos registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas que não estão incluídos na lista do Sistema Único de Saúde (SUS). A votação, de repercussão geral, busca definir critérios claros para esses casos, que frequentemente geram disputas judiciais. O julgamento está previsto para ser concluído na sexta-feira, 13 de setembro.
Os ministros Edson Fachin, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin e Flávio Dino acompanharam o voto do relator, ministro Gilmar Mendes, que propôs a criação de um acordo entre as esferas federais, estaduais e municipais para melhorar a gestão dos pedidos de medicamentos fora da lista oficial do SUS.
A proposta de Gilmar Mendes sugere a criação de uma plataforma nacional para centralizar os pedidos de medicamentos, o que ajudaria a padronizar o processo de solicitação, distribuição e acompanhamento. Esse acordo visa:
Embora o foco inicial do julgamento fosse apenas sobre medicamentos de alto custo, a discussão se expandiu para incluir todos os remédios fora da lista do SUS. A partir de agora, o fornecimento de qualquer medicamento não incluído na lista deverá ser justificado com comprovação científica de eficácia e validado pela Justiça.
A decisão do STF terá impacto direto em milhares de ações judiciais que tramitam pelo país, nas quais pacientes buscam medicamentos que, embora registrados na Anvisa, não estão disponíveis no SUS. O objetivo é equilibrar o direito à saúde dos cidadãos com a sustentabilidade financeira do sistema de saúde pública.
Se concluído conforme esperado, o julgamento pode estabelecer um novo marco para as demandas de saúde, unificando procedimentos e trazendo maior clareza sobre as responsabilidades do Estado no fornecimento de medicamentos.
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
Motta pauta “pacote da impunidade” e bolsonaristas se articulam por anistia após julgamento de Bolsonaro no STF
Leia Mais
Cerco judicial a Bolsonaro se intensifica enquanto Centrão articula nomes para 2026
Leia Mais
Michelle Bolsonaro fala em “humilhação” após Moraes ordenar monitoramento policial de Jair Bolsonaro
Leia Mais
Carla Zambelli enfrenta nova audiência na Itália em processo de extradição
Municípios