Saúde / Bem-Estar
Especialista do UniBrasil alerta: cigarros eletrônicos representam nova epidemia entre jovens
Popularidade dos vapes preocupa autoridades e especialistas; substâncias tóxicas elevam riscos de doenças graves antes dos 30 anos
08/07/2025
15:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A falsa percepção de que os cigarros eletrônicos — os chamados vapes — são menos nocivos que o cigarro tradicional tem impulsionado seu consumo entre adolescentes e jovens adultos. O alerta vem da coordenadora da Escola de Saúde e do curso de Enfermagem do UniBrasil, Dra. Angelita Visentin Gregorczuk, que destaca o crescente impacto desses dispositivos na saúde pública brasileira.
De acordo com o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), o Brasil registra cerca de 32 mil novos casos de câncer de pulmão por ano, sendo o tabagismo o principal fator de risco. Globalmente, o tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes anuais.
Mesmo com a proibição da venda e divulgação em redes sociais, o uso dos cigarros eletrônicos entre jovens tem aumentado — e com ele, os casos de complicações respiratórias e cardiovasculares.
“A nicotina presente nos vapes é altamente viciante e compromete o desenvolvimento neurológico, especialmente durante a adolescência”, explica Angelita.
Ela também alerta para os compostos tóxicos encontrados nos vapores dos vapes, como:
Formaldeído
Acroleína
Substâncias carcinogênicas e irritantes para o sistema respiratório
Esses elementos têm sido relacionados a lesões pulmonares agudas e crônicas, além de doenças cardiovasculares e a EVALI (lesão pulmonar associada ao uso de cigarro eletrônico), já documentada por instituições de saúde.
A aparência moderna dos dispositivos e a ampla variedade de sabores são fatores que aumentam a aceitação social dos vapes entre os mais jovens. Segundo Angelita, isso mascara o risco real de dependência e leva a um efeito devastador sobre a neuroplasticidade cerebral.
“Os cigarros eletrônicos têm aparência inofensiva, mas são uma bomba-relógio para a saúde pública”, alerta.
Angelita defende políticas públicas mais rígidas, ações educativas contínuas e apoio à pesquisa científica como estratégias essenciais para frear o uso desses dispositivos.
“É imperativo mitigar o uso de produtos de tabaco entre jovens com intervenções educacionais eficazes, além de ampliar o debate sobre sua regulação”, pontua a especialista.
O Centro Universitário Autônomo do Brasil – UniBrasil tem atuado na linha de frente do combate ao tabagismo eletrônico. A instituição busca desmistificar a falsa ideia de segurança dos vapes e conscientizar sobre os danos causados à saúde, como:
Lesões pulmonares graves
Doenças cardíacas
Dependência química
Inflamações nas vias aéreas
“Precisamos impedir que uma nova geração comprometa os avanços obtidos no combate ao cigarro tradicional”, finaliza Angelita.
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