Política / Partidos
Com apoio de Lula, Edinho Silva desponta como favorito para presidir o PT
Eleição interna com mais de 1,6 milhão de filiados marca disputa entre correntes do partido e pode ir ao 2º turno
05/07/2025
10:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O Partido dos Trabalhadores (PT) realiza neste domingo (6) a primeira eleição direta para a presidência nacional da legenda após 12 anos. O favorito para assumir o posto é o ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, de 60 anos, nome apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representante da corrente majoritária CNB (Construindo um Novo Brasil).
A escolha marca o encerramento da gestão de Gleisi Hoffmann, atual ministra das Relações Institucionais, e será feita por mais de 1,6 milhão de filiados aptos a votar, segundo dados do TSE. O atual presidente interino é o senador Humberto Costa, que assumiu o cargo em março de 2025.
Edinho Silva (CNB) – 60 anos, ex-ministro, ex-prefeito de Araraquara e candidato de Lula;
Rui Falcão (Novo Rumo) – 81 anos, deputado federal, ex-presidente do partido e apoiado pelo MST;
Romênio Pereira (Movimento PT) – 65 anos, fundador do partido e secretário de Relações Internacionais;
Valter Pomar (Articulação de Esquerda) – 58 anos, historiador e defensor do retorno à pauta socialista.
Edinho Silva defende alianças amplas com protagonismo do PT no campo democrático e popular. É o nome mais alinhado ao núcleo lulista da legenda, mas enfrenta resistência de setores ligados a Gleisi Hoffmann, que disputam o controle de áreas estratégicas como finanças e comunicação do partido.
Rui Falcão, ex-presidente do partido por dois mandatos, tenta um movimento de retorno às bases e questiona o que considera uma acomodação ao centro. Diz não confrontar Lula, mas deseja ampliar o debate interno sobre os rumos do partido.
Romênio Pereira, histórico fundador do PT, busca fortalecer o partido nas pequenas e médias cidades, com apoio de lideranças regionais no Norte.
Valter Pomar, da Articulação de Esquerda, adota discurso crítico à direção atual e propõe reformas estruturais e o resgate da identidade socialista do PT.
A votação será feita com cédulas de papel em todo o país, já que apenas 16 estados autorizaram o uso de urnas eletrônicas pela Justiça Eleitoral. O resultado deve ser divulgado ao longo da próxima semana. Se houver 2º turno, a nova votação será realizada no dia 30 de julho.
O mandato da presidência nacional do PT é de quatro anos, com possibilidade de uma reeleição.
Nas duas últimas eleições internas (2017 e 2019), Gleisi Hoffmann venceu com apoio direto de Lula, em votações híbridas.
O Processo de Eleição Direta (PED) é o método adotado pela legenda para dar maior representatividade às bases.
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