Política / Justiça
Moraes autoriza exame de ultrassom em Jair Bolsonaro para avaliar hérnia inguinal
Procedimento será realizado na sede da Polícia Federal em Brasília, onde o ex-presidente está preso desde novembro
13/12/2025
19:00
DA REDAÇÃO
©ARQUIVO
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou neste sábado, 13 de dezembro de 2025, a realização de um exame de ultrassom no ex-presidente Jair Bolsonaro, atendendo a pedido apresentado por sua defesa. O procedimento tem como objetivo comprovar a existência de uma hérnia inguinal bilateral, condição que, segundo os advogados, pode exigir nova intervenção cirúrgica.
Na decisão, Moraes também acolheu a solicitação para que o exame seja feito nas dependências da Superintendência da Polícia Federal em Brasília, local onde Bolsonaro está custodiado desde 25 de novembro, em razão de condenação relacionada à tentativa de golpe de Estado.
“Autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela Defesa”, determinou o ministro.
O pedido de ultrassom foi protocolado pela defesa na quinta-feira (11). Os advogados argumentaram que o exame é necessário para atualizar os laudos médicos já apresentados ao STF, uma vez que os documentos anteriores teriam sido produzidos há mais de três meses.
Ainda na quinta-feira, Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal realize uma perícia médica oficial para avaliar a real necessidade de cirurgia. Na decisão, o ministro questionou a defasagem temporal dos exames anexados pela defesa.
No requerimento, os advogados destacaram que o ultrassom é um procedimento simples e não invasivo, que pode ser feito no próprio local da custódia, sem necessidade de deslocamento hospitalar.
“Trata-se de procedimento não invasivo, rápido, que não exige sedação ou estrutura hospitalar, podendo ser plenamente realizado in loco”, afirma o pedido encaminhado ao STF.
A defesa indicou o médico Bruno Luís Barbosa Cherulli para a realização do exame e atribuiu ao pedido caráter de urgência, sustentando que a medida permitirá a rápida conclusão da perícia oficial já determinada pelo Supremo, sem impacto no andamento processual.
Segundo os advogados, a intenção é facilitar a análise técnica da Polícia Federal, com disponibilização imediata das imagens e do laudo médico.
No pedido apresentado na terça-feira (9), a defesa anexou um relatório médico que aponta a necessidade de tratamento cirúrgico sob anestesia geral. De acordo com o documento, Bolsonaro vem relatando dores e desconforto na região inguinal, agravados por crises recorrentes de soluços, que aumentariam a pressão abdominal.
“Nas últimas semanas tem se queixado de dores e desconforto na região inguinal, potencializados pelo aumento de pressão abdominal intermitente, causada pelas crises de soluços”, afirma o relatório.
Os advogados também informaram que os episódios de soluços já teriam levado o ex-presidente a apresentar falta de ar e síncope, o que, segundo a defesa, representaria risco de descompensação súbita.
Apesar da autorização para o ultrassom, a decisão sobre eventual cirurgia dependerá da perícia médica oficial da Polícia Federal e de nova análise do Supremo Tribunal Federal. Moraes ressaltou a necessidade de critérios técnicos atualizados para qualquer deliberação futura sobre o estado de saúde do ex-presidente.
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
Mega-Sena acumula novamente e prêmio do próximo sorteio sobe para R$ 52 milhões
Leia Mais
Câmara adota postura cautelosa após STF decretar perda do mandato de Carla Zambelli
Leia Mais
Aliado de Bolsonaro celebra revogação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes
Leia Mais
Concurso da Caixa atrai cerca de 78 mil candidatos para vagas de nível superior
Municípios