Religião / Vaticano
Papa Leão XIV reafirma que Jesus é o único Salvador e define regras para o uso de títulos marianos
Novo decreto esclarece o papel de Maria na Redenção e proíbe o uso do termo “Corredentora” na doutrina católica
06/11/2025
06:45
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O Vaticano publicou nesta terça-feira (4) uma nova instrução oficial, aprovada pelo papa Leão XIV, orientando os católicos de todo o mundo a não se referirem a Maria como “corredentora”. O documento reforça que, embora a Virgem Maria tenha cooperado na obra redentora de Cristo, ela não atuou como mediadora da salvação.
“Levando em consideração a necessidade de explicar o papel subordinado de Maria a Cristo na obra da Redenção, é sempre inoportuno o uso do título de Corredentora”, diz o texto oficial divulgado pelo Vaticano.
A decisão reafirma a doutrina central do cristianismo, segundo a qual Jesus Cristo é o único mediador e Salvador da humanidade. O decreto alerta que o título de “corredentora” poderia obscurecer o papel exclusivo de Cristo na obra da salvação, gerando confusão entre os fiéis.
“Não há salvação em nenhum outro, pois não há debaixo do céu qualquer outro nome, dado aos homens, que nos possa salvar”, cita o documento, em referência às Escrituras.
O texto explica que Maria é a “primeira e máxima colaboradora” na história da Redenção, mas que sua missão não diminui o lugar único de Jesus Cristo. Assim, venerar Maria deve sempre conduzir ao Filho, e jamais competir com sua glória divina.
“O perigo de obscurecer o lugar exclusivo de Jesus Cristo, Filho de Deus feito homem por nossa salvação, não seria uma verdadeira honra à Mãe”, ressalta o decreto.
O documento também recorda falas do papa Francisco, que já havia rejeitado o uso do termo “corredentora” em 2020. À época, Francisco destacou que Maria jamais reivindicou para si um papel de redentora, reconhecendo sempre que Cristo é o único mediador.
“Nossa Senhora não quis tirar nenhum título a Jesus. Ela não pediu para ser uma quase-redentora ou corredentora. O Redentor é um só, e este título não se duplica”, afirmou o pontífice.
A instrução papal também revisa outros títulos atribuídos à Virgem Maria. Entre os reconhecidos oficialmente pela Igreja estão:
Mãe dos fiéis
Mãe da Igreja
Mãe da graça
Todos esses títulos, porém, devem ser compreendidos de modo subordinado à ação de Cristo, destacando Maria como intercessora e modelo de fé, mas não como distribuidora autônoma de graças.
Com o novo decreto, o papa Leão XIV reafirma a unidade da fé cristã e o princípio de que a salvação vem unicamente de Jesus Cristo, preservando o equilíbrio teológico entre devoção mariana e centralidade de Cristo.
A decisão também representa uma continuidade doutrinária com o pontificado anterior e reforça a linha teológica que busca unir a piedade popular à clareza dogmática da Igreja Católica.
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