Justiça
Dr. Joabs Sobrinho celebra condenação de anestesista e reafirma poder da advocacia e imprensa responsável
17/06/2025
12:00
PROJEÇÃO MIDIÁTICA
©DIVULGAÇÃO
Em julho de 2022, no Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti (RJ), o anestesista Giovanni Quintella Bezerra abusou sexualmente de três pacientes sedadas durante cesarianas.
Flagrado por um técnico de enfermagem que, desconfiado, posicionou o celular discretamente e registrou as cenas em que ele aplica sedativos em excesso, depois desce o lençol, fazendo barreira, e pratica atos sexuais enquanto as mulheres permanecem inconscientes. Acontece que a primeira vítima do médico não teve sua filmagem executada, apenas a segunda - em que a imagem ficou precária - e a terceira, que proporcionou a visualização com detalhes da continuação dos crimes.
No dia 9 de junho de 2025, a 2ª Vara Criminal de São João de Meriti(RJ), condenou Quintella a 30 anos de prisão em regime fechado por estupro de vulnerável. O tribunal também rejeitou o pedido de recurso em liberdade, considerando a gravidade dos crimes e concluindo que a medida seria inadequada.
A cassação definitiva do registro médico
Em março de 2023, o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), com apoio do Conselho Federal de Medicina, cassou o registro profissional de Quintella, sem possibilidade de recurso, por unanimidade.
O protagonismo decisivo do Dr. Joabs Sobrinho
O advogado criminalista Dr. Joabs Sobrinho, responsável pela defesa da primeira vítima, teve papel decisivo não apenas no aspecto jurídico, mas também na articulação pública do caso. Ele acolheu o relato da paciente que sofreu abuso, mesmo sem vestígios visuais, e colaborou com a coletiva de imprensa que expôs todos os detalhes ao país.
Em 14 de julho de 2022, Sobrinho revelou que o então anestesista apresentou-se à primeira vítima com nome falso - “Yago” - e realizava procedimentos fora de sua alçada, como sondagem urinária, além de comentários inconvenientes sobre suas tatuagens.
O caso ganhou força quando ele denunciou à imprensa e à polícia a negligência do hospital ao permitir que mais pacientes ficassem vulneráveis, mesmo diante de indícios anteriores já percebidos pela equipe. Ainda assim, relatou, à luz da Constituição, o quão grave foi condicionar outras duas mulheres ao mesmo crime apenas para gravações como prova audiovisual.
“Eu entendo a negligência do hospital, porque deixaram mais duas vítimas passarem pelo mesmo abuso só por causa de uma filmagem”, disse o advogado da paciente, Joabs Sobrinho, na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam)
Repercussão e reflexos sociais
A condenação gerou impacto nacional. A opinião pública ficou estupefata diante da violência em ambiente médico. Autoridades, como policiais e profissionais da saúde, descreveram o crime como “estarrecedor” e um “atentado à confiança que a medicina evoca”.
Além da mídia tradicional, o caso tem sido pauta internacional, reforçando alertas sobre a necessidade de protocolos mais rígidos e fiscalização contínua em ambientes cirúrgicos.
Para o Dr. Joabs, a sentença representa não só um veredito jurídico: trata-se de “um marco moral e simbólico”, que mostra que a verdade prevalece mesmo entre médicos e pacientes sob confiança absoluta. “A justiça foi feita. É uma homenagem à coragem das vítimas”, afirmou.
Ele enfatizou ainda a importância da união entre Advocacia Criminal Estratégica e um jornalismo responsável, capaz de transformar revolta em mobilização social e, por fim, em justiça efetiva.
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